segunda-feira, 27 de junho de 2011

(1974 - 1979) Ernesto Geisel


Ernesto Beckmann Geisel (Bento Gonçalves, 3 de agosto de 1907Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1996) foi um político e militar brasileiro, tendo sido 29º Presidente do Brasil de 1974 a 1979.
Filho de imigrantes luteranos alemães, estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, formando-se oficial na Escola Militar de Realengo. Ingressou na carreira política ao ser nomeado chefe da Casa Militar do governo do Presidente Castelo Branco em 1964. Fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do Mal. Costa e Silva à presidência da República. Castelo promoveu-o ainda a General-de-exército em 1966 e nomeou-o Ministro do Superior Tribunal Militar em 1967. No governo de Emílio Médici, tornou-se presidente da Petrobras, enquanto seu irmão Orlando Geisel tornara-se Ministro do Exército; o apoio de Orlando foi decisivo para que Médici o escolhesse como candidato à Presidência em 1974. Em 1974, pelo Aliança Renovadora Nacional (ARENA), na chapa com Adalberto Pereira dos Santos para vice, candidatou-se à presidência, onde venceu, com 400 votos (84,04%), a chapa oposicionista Ulysses Guimarães/Barbosa Lima Sobrinho do MDB, que obteve 76 votos (15,96%).
Assumiu a Presidência do Brasil em 15 de março de 1974. Seu governo foi marcado pelo início de uma abertura política e amenização do rigor do regime militar brasileiro, onde encontrou fortes oposições de políticos chamados de linha-dura. Durante sua incumbência, ficou marcados os seguintes acontecimentos: divisão de Mato Grosso e criação do Mato Grosso do Sul, reatamento de relações diplomáticas com a RPChina, reconhecimento da independência de Angola, realização de acordos nucleares com a Alemanha, início do processo de redemocratização do país, extinção do AI-5, grande adiantamento da construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Em sua vida pós-presidência, Geisel manteve influência sobre o Exército ao longo da década de 1980 e, nas eleições presidenciais de 1985, apoiou o candidato oposicionista vitorioso Tancredo Neves, o que caracterizou a diminuição das resistências a Tancredo no meio militar. Foi presidente da Norquisa, empresa ligada ao setor petroquímico. Em 12 de setembro de
1996, aos 88 anos, veio a falecer, vítima de um câncer generalizado.

 
Lançado oficialmente candidato da ARENA à presidência em 18 de abril de 1972, foi eleito presidente com 600 votos contra 63 do "anticandidato" do MDB Ulisses Guimarães Filho, em 15 de janeiro de 1973.
Geisel dedicou-se à abertura política, que encontrou resistência nos militares da chamada linha-dura, sendo que o episódio mais dramático foi a demissão do ministro do exército, Sylvio Frota, em 12 de outubro de 1977.
Em 1975, em Sarandi, acontece uma invasão de terras no engenho de Annoni que dá início ao MST existente até hoje.
Outro fato marcante foi a nomeação, em 1976, do Comandante do IV Exército de Minas Gerais, decorrente, dentre outros fatos, da repercussão da morte do jornalista Vladimir Herzog.
Geisel conseguiu fazer seu sucessor João Figueiredo, que continuou a abertura política.
Principais realizações do Governo Geisel
  • Divisão de Mato Grosso e criação de Mato Grosso do Sul.
  • Reatamento de relações diplomáticas com a China.
  • Fez com que o Brasil fosse o primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angola.
  • II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND).
  • Busca de novas fontes de energia, realizando o acordo nuclear com a Alemanha, criando os contratos de risco com a Petrobras e incentivando a utilização do álcool como combustível.
  • Início do processo de redemocratização do país, embora tal processo tenha sofrido alguns retrocessos durante seu governo, como bem exemplifica o Pacote de Abril, em 1977.
  • Abertura política do Brasil, sobre a qual Geisel afirmou que a redemocratização do Brasil seria um processo "lento, gradual e seguro".
  • Extinguiu o AI-5, e preparou o governo seguinte (João Figueiredo) para realizar um conflito político e a volta dos exilados, mas sem que retomassem seus cargos políticos.
  • Em política externa procurou ampliar a presença brasileira na África e na Europa, evitando o alinhamento incondicional à política dos Estados Unidos.
  • Denúncia do tratado militar Brasil-Estados Unidos em 1977.
  • Construiu grande parte da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

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